Período observado: Maio à Novembro (2024)
Fonte: NOAA Coral Reef Watch.
A Figura ilustra a Anomalia Global Diária da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), com resolução de 5 km, fornecida pelo Coral Reef Watch (CRW) do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), em comparação com a média climatológica. Em outubro de 2024, as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial e Oriental permaneceram um pouco abaixo do padrão normal. Esse cenário indica que o fenômeno La Niña ainda não está devidamente configurado ou estabelecido nessas regiões. Os índices mais recentes apontaram anomalias de -0,5ºC para a região do Niño 1+2 e -0,3ºC para a região do Niño 3.4. No Atlântico Tropical, as bacias norte e sul mantiveram anomalias positivas de Temperatura da Superfície do Mar (TSM). Entretanto, observa-se uma redução gradual desse aquecimento nos últimos meses sobre a bacia. Apesar disso, esse padrão de aquecimento tem desempenhado e continua exercendo um papel relevante na intensificação do déficit de chuvas na Bacia Amazônica.
Fonte: MSWEP
Período: Novembro à Fevereiro
A Figura ilustra a climatologia da precipitação média mensal na bacia Amazônica para o período de novembro/2024 a fevereiro/2025 (NDJF), utilizando dados do produto global de precipitação MSWEP (Multi-Source Weighted-Ensemble Precipitation), com resolução espacial de 0,1°. Estes mapas climatológicos destacam o início da estação chuvosa na maior parte da bacia, com exceção das porções norte e nordeste em novembro e dezembro. Observa-se que os maiores acumulados de precipitação se concentram ao longo de uma faixa noroeste-sudeste, com um aumento gradual nas chuvas sobre os estados do Amazonas, Rondônia, Pará e Mato Grosso. Em contraste, valores mínimos de precipitação (inferiores a 100 mm) são registrados no nordeste da bacia durante novembro e dezembro, e na região extrema norte (estado de Roraima) em janeiro e fevereiro.
Fonte: MSWEP/NCAR
Período: Julho à Outubro
A Figura mostra as anomalias de precipitação (%) na Bacia Amazônica para os meses de julho a outubro de 2024, com base no produto global de precipitação MSWEP (Multi-Source Weighted-Ensemble Precipitation). Durante esse período, as chuvas ficaram entre 30% e 50% abaixo da média em grande parte da bacia Amazônica. Esse déficit de chuvas está relacionado ao aquecimento anômalo do Atlântico Tropical Norte, que altera o padrão de circulação atmosférica, modificando o padrão da célula de Hadley. O aquecimento das águas no Atlântico Norte afeta a migração da zona de convergência intertropical (ZCIT) sobre o oceano Atlântico e América do Sul tropical. Esse deslocamento modifica o padrão de circulação da célula de Hadley sobre a Amazônia, resultando em menos nebulosidade e precipitação na bacia, contribuindo para as condições de seca hidrológica observadas nos últimos meses sobre a bacia Amazônica.
Fonte: South American Mapping of Temperature (SAMET)
Período: Julho à Outubro
A Figura apresenta a climatologia da temperatura média do ar (°C) na bacia Amazônica para os meses de novembro a fevereiro (NDJF), com base nos dados do produto South American Mapping of Temperature (SAMET). Observa-se uma variação sazonal característica do início da estação chuvosa, marcada pelo aumento da nebulosidade, que tende a moderar as temperaturas diárias, sobretudo nas áreas de maior precipitação. Durante esse período, as temperaturas médias variam entre 24°C e 28°C na maior parte da bacia, com valores ligeiramente mais elevados nas regiões central e norte, em comparação às áreas situadas ao sul, sudoeste e oeste.
Fonte: South American Mapping of Temperature (SAMET)
Período: Julho à Outubro
A Figura ilustra as anomalias de temperatura média do ar a 2 metros de altura (°C) na Bacia Amazônica durante os meses de julho a outubro de 2024, com base nos dados do South American Mapping of Temperature (SAMET). Nos meses de julho e agosto, as temperaturas permaneceram próximas à média climatológica na maior parte da bacia, com exceção do sul e de partes da Amazônia Oriental, onde excederam a média em até 1,5°C. Em setembro e outubro, no entanto, foram registradas anomalias positivas mais intensas, com valores entre 1,5°C e 2,5°C em grande parte da bacia Amazônica.
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